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Eficiência sem mistérios com 7 métricas de controle de estoque

Para se alcançar uma gestão de estoque eficiente, é preciso enfrentar diversos desafios. Como exemplos, podemos citar problemas de indisponibilidade do produto, excesso de itens com baixa demanda e a contagem que não bate na hora de realizar o balanço.

Para auxiliar nessa tarefa, existe uma série de medidas que podem ser adotadas, entre elas, o acompanhamento de métricas de controle de estoque. Elas permitem avaliar o desempenho de determinados processos e contribuem para a identificação de falhas que devem ser corrigidas — tornando a tomada de decisão bem mais acertada.

Quer saber quais podem ser monitoradas na sua empresa e como elas contribuem para otimizar as rotinas? Então, continue com a leitura e confira agora mesmo!

1. Tempo de ciclo

O tempo de ciclo diz respeito ao período de tempo decorrido do momento em que seu fornecedor recebe o pedido de compra até a hora em que os produtos são registrados dando entrada na empresa. Isso quer dizer que ele está ligado ao tempo médio que leva para um processo de aquisição ser concluído.

Por que é importante controlar esse dado? É por meio dele que você fica ciente do prazo que tem para acionar o seu parceiro de negócios — e receber os itens — antes que falte mercadoria e seus clientes deixem de ser atendidos.

O ideal é que essa métrica seja calculada e acompanhada para todos os itens, visto que ajuda a otimizar o planejamento de compras, organizar o recebimento dos itens e evitar perdas nas vendas (decorrentes das faltas).

2. Cobertura do estoque

Essa também é uma das métricas de controle de estoque voltadas para o planejamento de abastecimento de acordo com as demandas futuras. Entretanto, enquanto o tempo de ciclo está voltado para o ciclo do pedido, a cobertura de estoque indica por quanto tempo os itens disponíveis serão capazes de suprir o volume de vendas.

Para encontrar esse valor, basta dividir as quantidades disponíveis pela demanda média de venda por dia do mesmo produto. Não é aconselhável ter números muito altos como resultados, visto que isso pode indicar excesso de itens — consequente de um planejamento ineficiente.

Esse indicador contribui para que apenas os produtos necessários (e mais vendidos) sejam armazenados, além de ajudar a identificar o melhor momento para realizar as aquisições, considerando a variação da demanda e o tempo de ciclo.

3. Consumo médio

Consiste na quantidade de itens vendidos em determinado período. Apesar de estar ligado a vários fatores externos à empresa (como a sazonalidade), é um indicador que deve ser controlado justamente para identificar picos ou baixas nas vendas — e permitir uma programação mais acertada dos níveis de estoque.

Para encontrar o consumo médio de cada item, basta identificar o montante vendido em determinado período e dividi-lo pelo tempo necessário para o cálculo (que pode ser por dia, semana, mês ou ano, por exemplo).

4. Ponto de ressuprimento

Uma das maiores falhas de um controle de estoque é identificar a falta de determinada mercadoria somente no momento em que o cliente chega para realizar uma compra. Além de perder o dinheiro da venda, gera insatisfação e ainda faz o consumidor procurar o concorrente.

Para evitar esse problema, o cálculo do ponto de ressuprimento também é uma opção. Ele consiste no momento adequado de acionar o fornecedor, considerando seu tempo de ciclo, e receber os produtos, sem correr o risco de sofrer com faltas.

Para calculá-lo, utiliza-se a seguinte fórmula:

Ponto de ressuprimento = ciclo médio do produto x consumo médio (do mesmo item).

Depois que o resultado for encontrado, deve-se adicionar uma margem de segurança (uma variação percentual sobre as vendas), necessária para cobrir o estoque caso haja algum atraso do fornecedor, avaria nos itens, ruptura no estoque ou qualquer outro revés que pode levar à perda de uma venda.

Para exemplificar como funciona na prática, utilizaremos os dados abaixo:

  • ciclo médio: 10 dias;
  • consumo médio: 50 unidades.

Ponto de ressuprimento = 10 x 50 = 500

Adicionando uma margem de segurança de 30%, então teremos: 650 unidades. Em outras palavras: quando o estoque chegar a 650 unidades, deve-se acionar o fornecedor solicitando o envio de mais itens.

5. Acuracidade do inventário

A acuracidade do inventário é utilizada para identificar a diferença entre a informação contida no sistema de controle (estoque contábil) e a quantidade de produtos que realmente estão disponíveis no armazém (estoque físico).

Quanto mais próximo esse indicador estiver de 100%, significa que mais acertado é o seu controle, ou seja, existem poucas divergências entre o estoque físico e o contábil. Por outro lado, se o resultado for inferior a 98%, é necessário fazer uma análise a fim de identificar as causas do desencontro de informações e criar um plano de ação para corrigi-las.

As consequências de uma baixa acurácia envolvem, principalmente a possibilidade de perder uma venda por indisponibilidade do produto quando se acreditava que ainda existiam algumas unidades armazenadas.

6. Vendas perdidas

Apesar de ser uma rotina diretamente ligada à área comercial, o índice de vendas perdidas também se relaciona com o controle de estoque. Já falamos sobre a falta de produtos em estoque e como isso faz com que os clientes deixem de ser atendidos. Então, fica mais fácil entender a relação, certo?

Ao controlar essa métrica, você passa a saber exatamente quanto dinheiro as falhas de gestão custaram para a sua empresa.

Para saber, com mais detalhes o quanto você deixou de ganhar, pode-se registrar o valor do faturamento perdido e também do lucro que a venda proporcionaria — nesse caso, basta fazer o cálculo da seguinte forma: (preço – custo) * unidades que deixaram de ser vendidas.

7. Curva ABC

A Curva ABC é uma excelente ferramenta de controle de estoque e pode ser utilizada como métrica para identificar os produtos que têm maior demanda (e trazem maior retorno para a empresa) e quais deles são menos vendidos (e não precisam ser adquiridos com tanta frequência).

Basicamente, as mercadorias são dividas em três grupos:

  • Classe A: itens que têm alto giro e trazem um bom retorno financeiro para a empresa (em termos de lucratividade);
  • Classe B: são os produtos que têm um bom giro, mas não são tão lucrativos para a empresa quanto os da Classe A;
  • Classe C: são mercadorias com baixo giro e que, portanto, geram pouco impacto para o faturamento e a lucratividade da empresa.

Acompanhar esse indicador proporciona insights a respeito de quais materiais são realmente importantes para o negócio e quais podem ser reduzidos — ou mesmo descontinuados — por não terem uma demanda regular.

Monitorar essas métricas de controle de estoque e utilizá-las para auxiliar na tomada de decisão contribui para otimizar o seu negócio e atender aos clientes com mais qualidade, aumentando as chances de concretizar mais vendas e melhorar o faturamento.

Gostou deste artigo? Quer aproveitar para saber como aprimorar a sua gestão de estoque? Então, você não pode deixar de conhecer estas regras básicas para um bom controle!

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